Os novos contextos sociais, epistemológicos, tecnológicos, econômicos, políticos e sanitários vêm exigindo mudanças profundas nos modelos educacionais de todos os profissionais, sobretudo, no campo da saúde. O modelo tradicional, baseado na transmissão dos conhecimentos, estabelecido para as gerações seguintes se esgotou. Esse tipo de Educação não tem levado a formação de seres pensantes, críticos, capazes de interagirem entre si para buscarem soluções para o enfrentamento dos graves problemas existentes na sociedade.
Essas transformações profundas, nos diversos contextos, resultariam de maneira mais intensa a partir de uma verdadeira democratização da sociedade. Por isso, neste contexto de mudanças, faz-se necessário que o indivíduo passe a ter uma postura, conscientemente crítica diante dos vários problemas, tornando-se, assim, agente de sua transformação.
Desse modo, Educação, no seu sentido mais amplo, deve ser entendida, não de uma forma mecanicista e tecnológica, mas sim como uma forma de mudança social, política e cultural (FREIRE, 2002). A Educação só atua como um processo de mudança e transformação, por meio de um método ativo, dialogal e participativo, ou seja, quando estimula e cria oportunidades para fazer com que os indivíduos interajam com os aspectos sociais, econômicos e políticos que os rodeiam. Neste contexto, as instituições de ensino se veem desafiadas quanto aos seus projetos, uma vez que, agora, passam a ter a responsabilidade de desenvolver novas e complexas competências nos seus estudantes.