Educação é uma “reconstrução ou reorganização da experiência, que esclarece e aumenta o sentido desta e, também, a nossa aptidão para dirigir o curso das experiências subsequentes” (DEWEY, 1979 p. 83). Portanto, o processo educativo é uma experiência reflexiva contínua, regida pelo pensamento inquiridor. O processo do pensar segue a lógica do problema originário da experiência de vida, que gera a investigação reflexiva, operação que, necessariamente, é original à medida que leva a reconstruir as crenças e solucionar a situação problemática, produzindo, assim, o conhecimento.
Para superar o método de tentativa e erro e tornar o ato de pensar uma autêntica experiência, o processo reflexivo deve seguir o ciclo que se inicia na análise dos dados, oriundos da observação atenta de uma situação, retirando dela os dados mais relevantes, os conhecimentos e conteúdos acumulados de experiências anteriores; a reflexão continua, com a elaboração de hipótese, como solução possível para o problema; e, por fim, a elaboração de um plano de ação, para pôr à prova a hipótese (verificação). A novidade, que o pensamento produz, consiste na percepção de novas relações para as
coisas familiares, enriquecendo a experiência. Praticamente, todos os conhecimentos – as descobertas científicas, invenções, teorias e as produções da arte – resultam desse processo.